Guia internacional para doping canino – FCI – Federation Cynologique Internacionale




Estipulações em shows, ensaios e competições

• Os cães participantes não devem estar feridos ou doentes. Além disso, eles não devem estar sob efeito de algum método proibido, ou seja, não devem ter recebido tratamento que possa afetar ilegalmente sua aparência, desempenho ou reações, ou algo que de alguma forma, manifeste lesões ou doenças.
• Cães cujos pelos, nariz ou pele foram tratados com uma substância que altera a sua cor ou estrutura são proibidos de participar de shows.
• Todos os cães devem estar disponíveis para os exames e testes que possam ser necessários para verifique se há doping e outras medidas proibidas. O organizador tem o direito de verificar certificados de veterinários.
• A pessoa responsável pelo cão é obrigada a considerar como o tratamento ou outra ação tomada, pode afetar o direito do cão de participar de um show, julgamento ou competição.

Procedimento ao lidar com casos de doping

Geral
Todos os testes ocorrem tomando duas amostras, se possível idênticas; nomeado uma amostra A e amostra B .
Os resultados da análise do laboratório são enviados ao coordenador do caso de doping, apontado pela organização interessada. Nos casos em que o laboratório tenha detectado algo proibido ou suspeito de ser uma substancia proibida na amostra A, a organização decide se, e quando, a amostra B será analisada.

Regulamentos para a execução das verificações do doping

Geral

• Verificações de doping podem ser realizadas fora ou em conjunto com os shows, ensaios ou competições.
• Verificações de doping devem ser realizadas por testadores autorizados pela organização.
• A autorização e o cartão de identidade devem ser mostrados, se solicitado.
• O testador deve ser imparcial.
• Uma convocação para o teste pode ser feita por escrito. E o recebimento da convocação deve ser confirmado através da assinatura da pessoa responsável pelo cão. A convocação deve incluir um folheto informativo contendo referências aos regulamentos da organização sobre a obrigação de disponibilizar o cão para testes de doping, bem como uma descrição dos procedimentos de teste e posterior processamento do caso. A falta de testes deve ser comunicada ao coordenador de doping da organização imediatamente.
• A pessoa responsável pelo cão, ou um representante dessa pessoa, tem o direito de estsr presente enquanto a amostra é retirada.
• Ao coletar amostras de sangue e urina, um veterinário deve estar disponível.
• Ao coletar amostras de urina, a pessoa responsável pelo cão pode ajudar sob a supervisão do testador. No entanto, a pessoa responsável pelo cão também DEVE usar protetor luvas se este, decidir ajudar.

Ordem para realizar testes de doping

• A organização ou uma pessoa autorizada pela organização pode ordenar que um cão seja testado. Se for considerado necessário, o veterinário em serviço também pode decidir sobre o teste.

Período de qualificação para determinados tratamentos e medidas

Certos tratamentos e medidas são proibidos. Por razões práticas, um cão pode participar de testes, competições ou espetáculos após seis meses, desde que o tratamento não possa ser considerado como tendo um efeito remanescente após esse período de tempo. No caso de outros tratamentos ou medidas, um período de qualificação é aplicável. Isso significa que o cão pode participar de testes, competições ou shows após o período de qualificação. Deve notar-se que esses períodos qualificatórios, não garantem que o corpo do animal esteja isento da substância em questão.

Exemplo

Os cães que tenham sido cobaias destes métodos, podem participar se o método foi justificado por razões médicas e a isenção para a participação foi concedida, ou se o período de elegibilidade da medida tiver terminado. A concessão de isenção é principalmente uma opção em casos de tratamento demorado, e a decisão tomada baseia-se principalmente na proteção dos animais. A isenção é concedida pela organização relevante. A isenção deve ser solicitada e concedida antes da participação e pode se referir a espetáculos, julgamentos ou competições. A confirmação da isenção deve ser levada ao evento e mostrada a pedido.

Métodos proibidos

O motivo do uso de um método proibido não é relevante.

Em ensaios, espetáculos e competições, os seguintes também são proibidos,
- medidas (medicação ou afim) para aliviar a dor.
- medidas (medicação ou afim) que afetam o estado geral do cão.
- medidas (medicação ou afim) que afetam os processos da doença.
No caso de shows, medidas que alteram a cor natural ou estrutura da pele, nariz ou pelagem também são proibidas.
A proibição aplica-se independentemente da técnica utilizada e, por conseguinte, abrange também tratamentos cirúrgicos e medicinais, bem como formas alternativas de tratamento. Exemplos deste último são TNS (estimulação transcutânea do nervo), tratamento a laser, ultrassom, eletricidade, ionização, radiação, acupuntura e quiropraxia.
Se um cão recebeu tratamento com qualquer um dos itens acima, o efeito do tratamento deve ter desaparecido completamente para que o cão possa participar de um ensaio, espetáculo ou competição. No entanto, pelo menos sete dias devem ter passado desde a conclusão do tratamento.
Intervenções cirúrgicas que alteram a aparência, desempenho e / ou função do cão podem se qualificar para isenção em certos casos. O doping de sangue é proibido.
Toda manipulação que possa alterar a validade de um teste de doping também é proibida.

Estas recomendações foram aprovadas pelo Comitê Geral da FCI em Viena, em julho de 2009.


Texto Original: International Guidelines about Dog Doping
Disponível em: http://www.fci.be/en/FCI-Scientific-Commission-71.html > tópico - Doping.

Traduzido pelo Kenel Clube São Paulo.


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